Comprar o primeiro imóvel é uma conquista e tanto. Mas, antes de comemorar com a chave na mão, existe uma etapa indispensável para garantir que tudo esteja dentro da legalidade: o registro do imóvel no cartório. E é justamente aí que muitas pessoas se perguntam: afinal, quanto custa para registrar um imóvel?
Esse processo é o que garante que a propriedade passe oficialmente para o seu nome. Ou seja, sem ele, a compra não está concluída do ponto de vista jurídico. Como parte das despesas na compra de um imóvel, o registro exige atenção e planejamento. A seguir, vamos explicar os principais custos envolvidos, como eles variam e o que você pode fazer para se preparar melhor.
Por que o registro é tão importante?
O registro de imóvel no cartório de Registro de Imóveis é o único documento que reconhece legalmente você como proprietário. Mesmo que a escritura tenha sido assinada e paga, se o imóvel não for registrado, o vendedor ainda é o dono de direito. Isso pode gerar problemas sérios, inclusive na hora de revender ou financiar o imóvel.
Se você está buscando comprar imóvel com corretor, por exemplo, é comum que ele te oriente sobre esse passo. Mas, se estiver fazendo tudo por conta própria, vale ainda mais prestar atenção em cada detalhe.
O que está incluído nos custos de registro?
Os valores que você vai pagar ao cartório não são os mesmos em todo o país. Eles variam conforme o estado e o valor venal do imóvel. Mas, em linhas gerais, os principais custos são estes que apontamos abaixo.
ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis
O ITBI é um imposto municipal obrigatório e costuma ser o mais caro dessa etapa. Em geral, ele representa entre 2% e 3% do valor do imóvel, mas essa alíquota pode mudar conforme a cidade. Em municípios com imóveis valorizados, esse valor pode impactar bastante o seu orçamento.
Para calcular corretamente, consulte o site da prefeitura ou peça orientação ao seu corretor. No Rio de Janeiro, por exemplo, há descontos se o imóvel for financiado com uso do FGTS.
Escritura pública (quando não há financiamento)
Se a compra for feita à vista ou com recursos próprios, você vai precisar fazer a escritura pública no Cartório de Notas. Essa escritura tem um custo que varia de acordo com o estado e o valor do imóvel. Pode chegar a 1% do valor de compra e venda, como confirma esta matéria da Exame e especialistas do setor.
Já quem opta por financiamento bancário costuma ter a escritura substituída pelo contrato com o banco, que também precisa ser registrado.
Emolumentos do Registro de Imóveis
Essa é a taxa cobrada pelo próprio cartório de Registro de Imóveis para formalizar a transferência da propriedade. O valor também depende do estado e do valor do imóvel.
No Rio de Janeiro, por exemplo, um imóvel de R$ 750 mil pode gerar um custo de aproximadamente R$ 5.100 só com o registro no cartório. Esse valor é calculado com base na tabela de emolumentos vigente no estado, mas pode variar ligeiramente conforme o cartório responsável. Em outras regiões, o custo pode ser mais alto ou mais baixo.
Despesas adicionais
Há ainda pequenas despesas administrativas, como autenticações, reconhecimentos de firma e cópias de documentos. Não costumam ser caras, mas devem entrar na conta final. Saber quais documentos são necessários também evita retrabalho.
Exemplos práticos: quanto pode custar?
Vamos supor que você esteja comprando um apartamento na Tijuca no valor de R$ 455 mil. Veja uma estimativa para o Rio de Janeiro:
- ITBI (2%): R$ 9.100
- Escritura pública (1%): R$ 4.550
- Registro no cartório: R$ 2.800
- Outros custos (cópias, firmas, etc.): R$ 200
- Total estimado: R$ 16.650
Agora pense que o imóvel foi financiado e que parte desse valor (digamos, 80%) foi pago com ajuda do banco. Nesse caso, o contrato de financiamento é o documento a ser registrado, o que pode diminuir um pouco os custos com a escritura.
Se você está considerando essa alternativa, vale entender como financiar a entrada de um imóvel ou usar o FGTS na compra.
Como consultar valores atualizados?
O ideal é acessar o site do Tribunal de Justiça do seu estado ou dos próprios cartórios locais. Muitos já oferecem simuladores. Se estiver começando a se planejar agora, vale conferir dicas práticas sobre como juntar dinheiro para comprar um imóvel ganhando pouco.
Ademais, se for comprar imóvel usado, verifique possíveis pendências anteriores no registro. Isso evita problemas futuros e garante uma compra mais segura.
Planejamento faz toda a diferença
Se você está de olho na zona norte do Rio ou em um bairro como o Grajaú, o importante é se preparar para além do valor do imóvel. O custo total da compra pode representar até 5% a mais em taxas e impostos — o que não é pouco para quem está fazendo o primeiro investimento.
Esse é um daqueles momentos em que informação confiável vale ouro. Entender o que verificar antes de comprar um imóvel usado e evitar erros comuns pode economizar muito tempo e dinheiro.
Saiba quanto custa para registrar um imóvel e evite surpresas
Saber quanto custa para registrar um imóvel ajuda a evitar imprevistos e tomar decisões mais seguras. Como vimos, o valor pode variar bastante conforme a cidade, o valor do imóvel e o tipo de compra. Por isso, planejamento é o melhor caminho.
Com orientação certa e os custos mapeados, dá pra seguir em frente com mais tranquilidade e transformar o sonho da casa própria em realidade — sem estourar o orçamento.
Quer tirar dúvidas sobre o registro do seu imóvel? Entre em contato com a Clashe e conte com um time preparado para te ajudar nessa jornada.